Com efeito, todos nós beneficiamos do Design Universal que não é um conceito difícil de entender e aplicar.

Na sua essência apenas exige espaços  que se adaptem  às pessoas, aumentando o conforto, a segurança e a facilidade de uso.

A variação de capacidades é normal, não especial, e pode afectar-nos a qualquer momento. Isto não pressupõe necessariamente os casos extremos, como a utilização de  uma cadeira de rodas ou o recurso a um cão de guia. Uma dor crónica, a perda gradual da visão ou da audição, um enfarte ou uma bronquite, uma lesão no desporto, um atraso  no desenvolvimento de uma criança, uma artrite com  perda de destreza manual ou as dificuldades naturais  do envelhecimento são igualmente limitantes.

A incapacidade surge quando existem barreiras que nos impedem de ter uma vida saudável e produtiva, de fazer o que precisamos e  gostamos. Por isso, o local onde vivemos deve estar livre dessas barreiras que devem ser identificadas e suprimidas a fim de utilizarmos todo o nosso potencial  para participarmos plenamente em todos os aspectos da vida.

A casa e, em especial os interiores, são ambientes íntimos, de contacto directo e constante. Aí se encontram as nossas memórias, os nossos objectos, a nossa família. É o nosso sítio privado e seguro onde relaxamos, trabalhamos e  recebemos amigos. Deve ser um lugar facilitador e desafiante, prático, confortável e adaptado ao nosso estilo e fase da vida, sem contudo se descaracterizar.